Nesta segunda-feira (13), Dia da Abolição da Escravatura, o Base27 sediou o lançamento do livro Relatos de Reexistência. Com destaque para desafios diários enfrentados pelos jovens pretos e pardos, a obra é uma junção dos relatos de estudantes do Instituto Oportunidade Brasil, organização patrocinada pelo hub.
No ano passado, o Base27 e o IOB conectaram diversidade e inovação. A partir do projeto de leitura sobre o livro Cartas Para Martin, de Nic Stone, o instituto desdobrou os encontros e debates em uma nova produção. Relatos de Reexistência traz diferentes ideias, pensamentos e comportamentos para uma sociedade mais igualitária e justa.
A comunidade B27, os alunos que colaboraram com a produção do livro, os pais dos estudantes, professores e pesquisadores encheram o Espaço Banestes para acompanhar o lançamento do primeiro livro do IOB. Juliana Ferrari, Diretora de Educação do Base27, avaliou o momento.
“O envolvimento com a obra foi tão grande que tivemos debates bem calorosos e emocionantes provocando o desejo de realização deste livro. Claro que nem todos se envolveram da mesma forma, mas os relatos apresentados na obra mostram um pequeno trecho escolhido pelos alunos para exemplificar suas trajetórias, suas angústias, suas dificuldades, suas vidas”, considera.
Veronica Lopes, presidente do IOB, falou sobre a relevância do dia 13 de maio, uma data marcada na história brasileira como o dia em que, em 1888, a escravatura foi abolida em nosso país.
“Pretendemos incentivar reflexões profundas sobre a persistência das desigualdades raciais e a vital importância da resiliência na busca contínua por igualdade e justiça social. Esta data serve como um lembrete poderoso do progresso que foi feito, mas também da jornada que ainda precisa ser percorrida em direção a um futuro mais equitativo e inclusivo para todos”, destaca.
Dentro do grupo, os diários foram porta de entrada da escrita para muitos dos dos adolescentes, que já tinham desenvolvido o hábito de leitura. Sâmela Santana, estudante e uma das autoras do livro, acredita no potencial de encorajar jovens pretos e pardos a conquistarem espaço em empresas de destaque.
“Escrever é muito bom. Escrever o meu relato foi muito importante para mim porque eu senti que eu estava fazendo a coisa certa. Além de provar para mim mesma que eu consigo, eu mostrei para outras pessoas que elas também conseguem”, ressalta.