Reunindo mais de 160 líderes de empresas capixabas e nacionais, o conecta.ceo foi um sucesso! Os temas inteligência artificial (IA) e a economia mundial e nacional dominaram as discussões, trazendo a oportunidade de muito conhecimento aos participantes. Unindo as duas vertentes em foco, o pós-doutor em IA, Juan Pablo Boeira, afirmou que “se a gente não colocar os dois pés na IA, a gente vai jogar muito dinheiro fora”.
O presidente do Conselho Consultivo e um dos idealizadores do Base27, Wilson Calmon, deu as boas-vindas aos presentes e aproveitou para convidar a todos para se unirem ao maior hub de inovação do Espírito Santo. “O Base27 é um caminho para acelerar a inovação no Estado”.
Zeina Latif, doutora em Economia, ex-economista-chefe da XP Investimentos e ex-secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, abriu o conecta.ceo falando sobre a economia mundial. “O quadro econômico internacional está complexo, mas não necessariamente ruim para o Brasil. Há alta relação entre os países mundo afora, mas existe um ciclo bem definido, com crescimento e desaceleração. Há motivos para a gente acreditar que esse é um ciclo de acomodação que passamos agora, mesmo assim é um ciclo econômico importante. O comércio mundial segue resiliente com crescimento do setor de serviços”.
Zeina também abordou questões como a inflação mundial, política fiscal, indústria e educação, mostrando que todos os pontos dependem de muitos esforços para evoluir.
Em seguida, o CEO da AAA Inovação e pós-doutor em inteligência artificial, Juan Pablo Boeira, apresentou diversas novidades sobre IA, indicando que esse é um caminho importante a ser trilhado por todos. “Se a gente não colocar os dois pés na IA, a gente estará jogando muito dinheiro fora. Esse é um hype que está todos os dias nas nossas vidas, é o tema mais falado no mundo atualmente. Estamos vivendo um verdadeiro frenesi em relação ao Chat gpt. A inteligência artificial impacta o futuro o tempo todo, e o futuro é daqui a 5 minutos”.
Boeira deu um panorama do que é e onde está sendo usada a IA e indicou algumas de suas aplicações no dia a dia. Além disso, o profissional afirmou que a superinteligência (uma IA mais evoluída) vai substituir o ser humano. “Mas calma! Ninguém vai perder o emprego para ela porque nós humanos não estamos preparados para ficarmos obsoletos. O profissional que souber usar a inteligência artificial sai na frente. E a questão não é proteger os empregos, mas proteger as pessoas. Mas como? Aprendendo a usar a IA”.
Painel
O painel “Oportunidades e desafios dos negócios na atual conjuntura econômica e tecnológica”, com mediação de Augusto Costa da AAA Inovação, retomou os assuntos apresentados nas palestras. Fabiano Francisco Vieira, da Águia Branca, destacou o papel da inovação na empresa de transportes capixaba. “Nosso DNA é inovador. Nos negócios do segmento de transportes, ter coragem de mudar, humildade e foco para obter resultados é o grande diferencial e a inovação está no nosso dia a dia”.
Já Marcelo Pivovar, CTO da Oracle, explicou que inovação é de fato tecnologia. “A inovação não tem a ver apenas com tecnologia. Inovação podem ser produtos e serviços. A inovação potencializa isso. Nós das big techs temos um papel importante de democratizar o uso da tecnologia em qualquer tamanho, tornar acessível de todos, das grandes empresas até as pessoas físicas”.
Marcia Capellari, Executiva e Docente na Atitus Educação, apontou um pouco do seu papel na disrupção. Nascida em uma cidade do interior no Sul do Brasil, ela tinha tudo para seguir uma vida normal, sem novidades, mas fez diferente e optou pelo caminho da inovação. “Sempre incomodei na escola, trilhei um caminho em tecnologia e estou na educação hoje. Temos disciplinas que envolvem inovação. Estamos numa etapa em que a gente consegue entender como atuar dentro das empresas e desenvolvemos ações em que são desenvolvidos projetos em parceria com multinacionais e prefeituras”.
Mateus Magno, CEO da Sambatech, que ajuda empresas a se tornarem e permanecerem relevantes, falou que é preciso viver na prática para entender as necessidades dos outros e assim buscar ideias inovadoras para tornar as empresas parceiras também essenciais, relevantes e necessárias. “A gente teve de viver o que é preciso para ser relevante. Por trás de cada problema a gente percebeu uma oportunidade de evoluir”.
O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas, destacou o papel fundamental da inovação no Estado. “Falar do Espírito Santo sem falar da virada de página que estávamos é importante para entendermos como o Estado está agora. E a governança é o que fez a diferença. A tomada de decisão foi feita pelo governador Renato Casagrande. E três dos nossos pilares são inovação, sustentabilidade e educação. Sem inovação não há desenvolvimento”.
O encerramento ficou por conta da CEO do Base27, Michele Janovik. A líder do maior hub de inovação do Estado afirmou que tem certeza de que todos saíram do encontro com amplo conhecimento. “O Base27 tem um papel relevante no ecossistema. Todos tivemos a oportunidade de ver os números que foram apresentados. Estamos fazendo uma parte importante do processo de transformação. Mas é preciso acelerar mais. O meu convite é que cresçamos juntos. Temos um Estado que aposta na inovação. Precisamos apenas lembrar os motivos de termos construído pontes no passado para que elas sejam a base de nossa união e nos fará relevantes no futuro”.