Por que estamos aqui? Foi para responder a esse questionamento que o Base27, hub corporativo de inovação capixaba, reuniu na última sexta-feira (29) mais de cem CEOs e outras lideranças executivas de empresas e instituições capixabas na primeira edição do Conecta CEO.
Com o objetivo de ser mais uma oportunidade de aproximação entre os líderes e o propósito do Base27, o evento vem para se consolidar como uma agenda anual para falar de inovação e outras tendências. Esse primeiro encontro, realizado no Sheraton Vitoria Hotel, contou com dois painéis para debater o papel das empresas em um ecossistema inovador e cases de sucesso de impacto social.
As boas-vindas ficaram por conta do presidente do Conselho Consultivo do Base27, diretor de Novos Negócios da CBL e diretor de Expansão da Nazca, Wilson Calmon, que preparou o clima do encontro para os insights que viriam. “O talento dos jovens será a nossa única saída para mudar. Precisamos de novos modelos de negócio e de mentalidade. Não podemos abrir mão dessa transformação, o Base27 é um instrumento para formação de um grande ecossistema.
Quem está aqui, hoje, é responsável pela transformação da matriz de enriquecimento de trabalho do estado e tem o papel de criar um futuro melhor”, destacou Wilson.
O primeiro painel, sobre Inovação como Vetor de Transformação do Ecossistema, contou os cases da Vedacit e do Brain, Instituto de Ciência e Tecnologia do Grupo Algar, representados respectivamente pelo gerente-executivo de Marketing, Inovação e Sustentabilidade, Luis Fernando Guggenberger, e o head de Inovação Leandro Nazareth. A mediação ficou por conta de do co-fundador da Wis, Leonardo Carraretto.
“O pano de fundo é a educação como transformadora em relação à mentalidade de fazer projetos. É preciso sair da condição de comando e controle. É preciso formar as pessoas de um jeito diferente”, pontuou Leandro, contando um pouco da trajetória da Algar sobre inovação corporativa.
Luis completou o tema destacando a importância do engajamento dos gestores nessa transformação. “Costumam dizer que a cultura come a estratégia no café da manhã. Mas se esquecem de falar o responsável por isso. Cultura, estratégia e liderança. São os líderes que preparam o café da manhã das organizações”.
As experiências das instituições Gerando Falcões e Impact Hub foram pautas no segundo painel, com o tema Transformação Local, Impacto Global. A fundadora do Impact Hub Vitória, Lícia Mesquita, e a diretora de Desenvolvimento de Negócios do Gerando Falcões, Juliana Malheiro Plaster, foram as convidadas do papo, mediado pela CEO da Global Touch, Julia Caiado.
“Estamos em 23 estados. 1775 favelas. 490 líderes em formação. 37 unidades próprias,onde colocamos para girar curso de programação, por exemplo. Mas existe uma necessidade de parametrizar a realidade das pessoas: muitas pessoas não tem ensino fundamental ou médio. Fazemos um papel educativo. Buscamos fazer uma entrega real para a sociedade”, destacou explicou Juliana sobre o Gerando Falcões.
Respondendo à pergunta que abriu os debates do dia, o Base27 apresentou um vídeo institucional com um discurso detalhando como seus projetos e iniciativas contribuem para alcançar seu propósito, de “impulsionar a inovação no ecossistema capixaba transformando pessoas, negócios e a economia”.
“Recurso é importante para viabilizar os projetos. Mas o envolvimento com o propósito de transformar o estado é o que precisamos dos empresários. Só o dinheiro não é suficiente. Estamos falando de transformação da matriz econômica e do futuro do Espírito Santo. E é por isso que estamos aqui”, concluiu o presidente do hub, Francisco Carvalho.