Nesta quinta-feira (25), o Base27 realizou mais uma edição do Base Conecta, desta vez com o tema “Colaboração e Resultados: como Timenow e Suzano aumentaram a produtividade em paradas gerais”, reunindo especialistas e líderes do setor industrial para compartilhar os resultados da parceria estratégica entre as mantenedoras.
Um dos pilares fundamentais do Base27 é a conexão entre empresas para fomentar benchmarking valioso e novos negócios. A colaboração focou na aplicação de uma Solução de Checklist para a Operação durante as Paradas Gerais da Suzano neste ano.
Uma Parada de Manutenção é uma interrupção planejada das operações normais de uma planta industrial, realizada para executar atividades de manutenção, reparos, inspeções e atualizações nos equipamentos e sistemas. Ela previne falhas inesperadas, reduz o tempo de inatividade não planejado e aumenta a vida útil dos ativos, resultando em operações mais estáveis e produtivas.
O checklist chegou como aplicação de transformação digital entre os colaboradores, para o registro das atividades na Suzano e resposta a imprevistos ou descobertas. A solução se tornou importante para a coleta e padronização de informações que fazem ser possível uma adaptação rápida ao plano de manutenção.
Na visão de Paulo Henrique Mendes, Consultor de Manutenção que apresentou o pioneiro Centro de Prevenção de Falhas da Suzano, a manutenção era um desafio para a empresa até então. Em três paradas, foram coletados dados que indicam otimização na segurança e na eficiência dos processos industriais.
“O primeiro teste aconteceu em janeiro, depois tivemos a parada geral em abril e agora em junho também. Então, foram três paradas ao longo desse processo. Tudo isso que foi desenvolvido, as melhorias, aconteceu ao longo desses seis meses. A partir desse uso dos checklists nas paradas, a gente viu e identificou várias outras oportunidades”, destaca.
Em janeiro, o piloto da Parada Programada foi lançado com apenas 247 checklists preenchidos. Em abril, com o feedback para os colaboradores, o número na Fábrica B foi de 1200 (76% de aderência). Com melhorias no aplicativo, agendas para acompanhamento pré-parada e treinamentos presenciais, o teste de junho marcou mais de 800 checklists na Fábrica A (96% de aderência).
Paulo Henrique Mendes acredita que os números mostram uma transformação cultural na empresa. “A Suzano é a empresa que criou um case interessante, que mostrou a importância de gerar checklists, de padronizar esse tipo de informação, e outras empresas ao verem esse exemplo, elas passam a usar dele com muito mais facilidade também”, ressalta.
A Timenow iniciou os testes junto com a Suzano e validou sua abordagem de inovação aberta, de forma a conferir se estava operando corretamente e atendendo aos requisitos técnicos de segurança do cliente, que exigiu customizações para um processo específico da indústria.
Leandro Stein, Coordenador de Novos Negócios e Inovação Aberta da Timenow, explica que, caso a Timenow não tenha uma solução interna para resolver o problema, a empresa vai até o mercado encontrar parceiros para solucionar os desafios.
“Uma vez que a gente tem contato com a indústria, com o cliente, a gente vai até o mercado, avalia entre as nossas soluções internas se tem alguma que pode resolver aquela dor. E caso a gente não tenha isso internamente, a gente acessa o nosso mecanismo da Platt, que hoje é um hub de inovação que a gente conduz dentro da empresa”, declara.
Os resultados preliminares mostraram melhorias substanciais na organização e execução das paradas, reduzindo o tempo de inatividade e aumentando a eficiência geral das operações.
Julia Pizzo, Analista de Transformação Digital da Timenow, constatou que a implementação trouxe melhoria na qualidade da manutenção entregue, identificação de problemas, históricos detalhados, melhoria na governança, monitoramento contínuo baseado em dados e mudança comportamental.
“Apesar dos custos e do tempo de inatividade que impacta, essas paradas de manutenção são essenciais para garantir a confiabilidade, a eficiência e a segurança dos equipamentos ao longo prazo. Elas previnem falhas inesperadas, reduzem o tempo de inatividade não planejado e aumentam a vida útil dos ativos, resultando então em operações mais estáveis e mais produtivas”, pontua.