Base Científica soluciona 13 desafios entre empresas e alunos

A sinergia entre mercado e academia é cada vez mais essencial. Empresas enfrentam desafios complexos e necessitam de soluções práticas, enquanto instituições de ensino buscam aproximar seus alunos da realidade do mercado.

Com esse propósito, o Base27, maior hub de inovação do Espírito Santo, desenvolveu o Base Científica, um programa que integra empresas mantenedoras e instituições de ensino para fomentar a criação de soluções inovadoras.

No ano de 2024, já foram desafios 13 solucionados, com a participação de cinco empresas (Fortes Engenharia, Suzano, Timenow, Brum Kuster Advogados e Nós Arq+Eng) e quatro instituições de ensino (UniSales, Universidade de Vila Velha, SENAC e Fucape)

Para Juliana Ferrari, Diretora de Educação do Base27, ao incentivar os alunos a enfrentar problemas reais, o Base Científica não só amplia sua formação técnica e prática, mas também contribui diretamente para o fortalecimento do ecossistema de inovação capixaba.  

“Essa aproximação é uma oportunidade riquíssima para ambos porque permite que o aluno mostre seu talento e suas habilidades antes mesmo de ingressar no mercado de trabalho e o aluno recebe feedback construtivo de empresários,  ainda no ensino superior”, destaca.

Entre os projetos desenvolvidos, estão exemplos como:

O Base27 impulsionou uma parceria entre a Fortes Engenharia e a UniSales para revitalizar a quadra esportiva do Morro de São Benedito, em Vitória (ES). O estudante Murillo Paoli, de Arquitetura e Urbanismo, criou o projeto que devolve à comunidade um espaço de lazer e convivência. A colaboração entre empresa, universidade e moradores resultou em um projeto que atende às necessidades culturais e esportivas da região.

Com a Nós Arq+Eng, alunos de Arquitetura e Urbanismo da UniSales tiveram seu primeiro contato com a tecnologia BIM, essencial no mercado de arquitetura e engenharia, e enfrentaram desafios relacionados a falhas em obras. A experiência superou as expectativas, com os alunos utilizando ferramentas avançadas como Dynamo e Revit, o que resultou em soluções inovadoras para problemas do setor.

O Base Científica conectou a Suzano e a UniSales em uma parceria para explorar o uso de resíduos de celulose na construção civil. Lançado em março, o desafio propôs soluções sustentáveis, com os estudantes aplicando conhecimentos em um projeto de extensão. Ao longo do processo, a Suzano apresentou diferentes resíduos de celulose, como kraft, dregs e lama de cal, ampliando as possibilidades de pesquisa.

Sobre o projeto

O Base Científica segue uma metodologia inspirada na agricultura, com etapas que simbolizam desde a preparação do terreno até a colheita dos frutos.

A fase inicial consiste na construção de uma vitrine de desafios, onde as empresas apresentam problemas reais enfrentados em suas operações. As instituições de ensino, por sua vez, analisam esses desafios e manifestam interesse em solucioná-los. Esse momento é marcado pelo alinhamento entre as partes.

Em seguida, alunos e empresas mantêm encontros regulares, enquanto os professores oferecem orientação constante. Juliana Ferrari explica que o processo até apresentação das soluções no Base27, em um evento que reúne empresas e instituições participantes, agrega muito aos alunos.

“Certamente contribui para um maior engajamento do aluno nos estudos e o motiva a conhecer e pesquisar mais. Além disso, contribui com o autoconhecimento do aluno em relação a como lidar com desafios”, ressalta.

Essa é mais uma iniciativa que reafirma o compromisso do Base27 com o desenvolvimento de talentos e a geração de soluções para os desafios do futuro. Afinal, quando empresas e instituições de ensino trabalham juntas, todos colhem os frutos da inovação.